Saiba o que é o nervo mandibular



O sistema nervoso humano possui 31 pares de nervos, isto é, estruturas formadas por fibras nervosas e tecido conjuntivo. Uma complexa teia que tem funções específicas no organismo.

Um dos nervos do rosto é o mandibular, uma ramificação do nervo trigêmeo, principal nervo da face, responsável por enviar a sensibilidade desde o topo da cabeça, rosto e boca e língua para o cérebro. Como o nome sugere, ele possui três ramificações: oftálmica, maxilar e mandibular.

O mandibular é responsável pela sensação dos dentes, de alguns músculos faciais, dos músculos da mastigação, da língua e da parte inferior do rosto. Portanto, é por causa dele que conseguimos mastigar, deglutir, falar e respirar.


Problemas associados ao nervo trigêmeo

Existem dois distúrbios de saúde que estão relacionados ao nervo trigêmeo e, por consequência, ao nervo mandibular: a disfunção temporomandibular - DTM e a Neuralgia do trigêmeo.


Neuralgia do trigêmeo

Considerada uma das piores dores do mundo, a nevralgia do nervo trigêmeo é um tipo de dor crônica, com durabilidade maior do que três meses. A maior incidência é do problema é em mulheres acima dos 50 anos, idosos e pessoas hipertensas.

Esta é uma doença que pode incapacitar os pacientes para o trabalho devido às crises de dor aguda. Normalmente se apresenta como uma dor facial intensa e repentina que dura poucos segundos.

A situação pode ser provocada por trauma, envelhecimento, acidente vascular cerebral, tumor, ou mesmo uma condição que pressiona sobre a bainha protetora que reveste o nervo.

O inverno é o momento mais delicado porque piora as crises, já que qualquer golpe de vento frio pode desencadear o ataque. O estímulo sensorial é o que provoca essa péssima sensação, sendo que hábitos do dia a dia, como beber água, mastigar, falar e escovar os dentes também estão entre estes estímulos.

A má notícia é que ainda não existe uma cura para o problema, o tratamento para essa disfunção é o uso de analgésicos, principalmente aqueles para evitar ataques epiléticos, e cirurgia.

Analgesias mais comuns, como paracetamol e dipirona não apresentam resultados no controle deste tipo de dor.

Caso os medicamentos não tenham o efeito desejado, é possível fazer uma cirurgia. Os procedimentos cirúrgicos envolvem descompressão neurovascular, rizotomia ou glicerol.

Os pacientes ficam livres da neuralgia nos “períodos de remissão”. Porém, com o passar dos anos, esses intervalos ficam cada vez menores. Além de incapacitar os indivíduos, esse problema causa danos psicológicos e, nos casos mais graves, leva ao suicídio.


Disfunção temporomandibular - DTM

O quadro de disfunção temporomandibular é uma enfermidade que lesiona a musculatura da mastigação ou a articulação temporomandibular - ATM. A doença decorre de problemas genéticos, traumas na região, bruxismo e lesões na mandíbula.

Outros hábitos também são fatores de risco para desenvolver a DTM, como roer unhas, apoiar as mãos na mandíbula com frequência e mascar chiclete. Depressão e estresse também podem contribuir com o aparecimento da DTM.

A principal dor com que os pacientes precisam lidar é a cefaleia. A dor remete à sensação de pressão craniana.

Também ainda sem uma cura definitiva, variadas técnicas podem auxiliar a controlar as crises.

Alguns procedimentos e condutas precisam ser adotados:

-Placas de bruxismo para quem aperta os dentes;

-Exercícios fonoaudiólogos;

-Medicamentos analgésicos;

-Fisioterapia;

-Acupuntura;

-Cirurgia para os casos mais graves.

MAIS INFORMAÇÕES CONCORDO
AVISO DE COOKIES Ao utilizar o site da Uniodonto RS, você concorda com a coleta e armazenamento de cookies para melhoria da experiência e a padronização segundo as preferências do usuário, consoante a Política de Cookies da Uniodonto RS.