A gengivite é um processo inflamatório na gengiva decorrente, principalmente, da má higiene bucal. Os principais sinais da doença são vermelhidão, mau hálito e sangramento durante a escovação.
Trata-se de um problema simples, contudo, se não for tratado, pode evoluir para periodontite. Dessa forma, tornando-se uma enfermidade que pode comprometer, inclusive, o sistema cardiovascular.
A gengivite aparece a partir do acúmulo do resto de alimentos nos dentes. Estes restos promovem o surgimento e proliferação de bactérias que, em grande quantidade, causam inflamação da gengiva.
Não são apenas os hábitos de higiene bucal que provocam a inflamação. Há outros fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença em casos particulares.
São eles: obesidade, fumo, gestação, diabetes, alterações hormonais, contraceptivos, baixa imunidade, álcool em excesso, déficit de vitaminas e menopausa.
Engana-se quem pensa que a inflamação da gengiva é uma doença que acomete pouca gente. Somente no Brasil, oito em cada dez pessoas desenvolvem o problema.
Além do mau hálito, da vermelhidão e do sangramento da gengiva, estão entre os sintomas o aumento do tártaro (placa bacteriana amarela escura). E, a retração da gengival, fenômeno comum e que pode expor até a raiz dos dentes.
Outro indicativo da existência de gengivite é a presença de pequenas feriadas e de pus na boca. Assim como as gengivas inchadas e gosto ruim na boca.
Estudos realizados principalmente nos Estados Unidos dão conta de que manter a saúde bucal garante a saúde do corpo de forma geral.
Em relação à gengivite, pesquisas têm evidenciado que algumas doenças cardíacas podem originar-se em virtude da gengivite crônica.
Isso porque o acúmulo de placa bacteriana faz com as bactérias cheguem à corrente sanguínea e se instalem nos vasos do coração onde há gordura depositada.
As bactérias também podem aderir às válvulas mitrais e o indivíduo pode permanecer anos sem perceber o problema. Com o passar do tempo, elas corroem as paredes da válvula levando ao surgimento de um sopro no coração.
Nos casos mais graves, as válvulas precisam ser substituídas por válvulas orgânicas, como a do porco, ou por válvulas mecânicas de metal.
Se houver uma doença do sistema cardíaco pré-existente, tem a possibilidade de um sangramento na boca levar bactérias à corrente sanguínea e causar outras enfermidades.
A disfunção mais comum relacionada a isto é a endocardite bacteriana. Ou seja, uma infecção das paredes do coração ou das válvulas.
A melhor forma de prevenir a gengivite, ainda que não seja a única, é caprichar na escovação dos dentes após cada refeição. O uso diário de fio dental é imprescindível para a remoção da sujeira entre os dentes, evitando que o tártaro se forme.
Para impedir que as bactérias se multipliquem, troque a escova de dentes a cada três meses ou quando apresentar desgaste e a mantenha seca.
A visita regular ao dentista também é fundamental na prevenção da gengivite, pois ele é capaz de detectar o problema logo no início através da avaliação clínica.
É também este profissional que irá realizar uma limpeza profunda para remover o tártaro. O tártaro é uma placa bacteriana que fica encrustada nos dentes. Somente esse procedimento é capaz de remover esse tipo de placa.
Há ainda alimentos que podem auxiliar nesse processo uma vez que possuem propriedades anti-inflamatórias. Entre eles estão aqueles ricos em ômega 3, isto é, peixes, nozes, linhaças e castanhas.
O tratamento nos casos mais simples é a escovação após cada refeição e a limpeza com um profissional.
Para os casos mais graves, é necessário o uso de medicação a ser prescrita pelo dentista. É preciso evitar os alimentos mais açucaradas neste período, já que eles favorecem o surgimento das bactérias.