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O terceiro molar, popularmente conhecido como dente siso ou como o “dente do juízo” normalmente nasce entre os 15 e os 25 anos. O tempo varia de pessoa para pessoa.
Na pré-história, o siso cumpria uma importante função na mastigação de alimentos mais duros, como as carnes cruas e as plantas. À época, os humanos possuíam grandes mandíbulas e o terceiro molar era fundamental à sobrevivência.
Com a evolução, houve a redução do tamanho da boca, tonando o siso dispensável. Outra mudança foi o aumento da caixa craniana, o que deixou a boca sem espaço para comportar os 32 dentes.
Temos quatro dentes sisos, dois na parte de cima e dois na parte de baixo da boca. Eles ficam localizados no final da arcada dentária.
Como são os últimos dentes a se formarem, na maioria das vezes não há espaço suficiente para sua erupção, o que pode acarretar em diversos problemas bucais.
Hoje vamos explicar um pouco mais como saber se o dente siso está nascendo e como aliviar os sintomas.
Lembre-se que o cirurgião-dentista é o profissional mais indicado para acompanhar e orientar sobre sua saúde bucal. Somente ele é capaz de fazer um diagnóstico completo sobre dentes sisos.
Para saber se o siso está nascendo, é preciso ficar atento aos sinais.
O primeiro sintoma que indica a chegada do terceiro molar é a inflação da gengiva, mesmo antes do dente irromper. Há vermelhidão e inchaço na região.
Normalmente o processo vem acompanhado de dor no local. Mas, o incômodo pode se espalhar pela face e pelo osso mandibular. A dor de cabeça também é comum, uma vez que a região compartilha das mesmas terminações nervosas.
Inchaço do rosto e nódulos no pescoço também podem aparecer. Em caso de inflamação, é comum as pessoas ficarem com mau hálito devido à formação bacteriana dentro da boca.
A dor na garganta não é comum, mas um indício que o problema evoluiu para uma complicação mais séria. Provavelmente o paciente precisará de antibióticos para tratar a infecção.
O estado febril é comum em parte dos pacientes, assim como a indisposição.
Nos casos mais complexos, a dentição, a mastigação, a deglutição e o movimento dos dentes podem ficar comprometidos. Isso porque há casos em que eles podem ficar retidos no osso, não terem espaço para se alocar, entre outros.
Como a extração nem sempre é recomendada, alguns pacientes precisam amenizar os sintomas até a erupção completa do dente.
É sempre fundamental procurar um especialista. Somente ele é capaz de verificar se está tudo bem com os novos dentes.
Os analgésicos de uso comum, como paracetamol e dipirona, podem ser prescritos pelo dentista.
A compressa quente ajuda a relaxar os nervos da região. Enquanto a compressa fria age para reduzir sangramentos e auxilia no processo de desinflamação.
A velha receita da vovó é uma boa opção para amenizar o processo inflamatório. Coloque uma colher de chá de sal em uma xícara de água morna. Faça bochechos de 30 a 60 segundos com a solução e depois cuspa o líquido.
O profissional de saúde pode receitar medicamentos que agem para conter a inflamação da região. Nunca use essas medicações sem orientação médica.
Mais um produto simples que pode te auxiliar durante o processo. Coloque um cravo inteiro em cima da região afetada e aguarde até sentir uma sensação de dormência. O óleo de cravo pode ser aplicado com a ajuda de um algodão limpo.
Sim, mesmo com o desconforto decorrente da chegada do novo dente, é fundamental – principalmente para evitar complicações – manter bons hábitos de higiene oral.
Escovar os dentes, usar o fio dental e o enxaguante bucal importante, inclusive, para amenizar as dores.
Dê preferência aos alimentos líquidos e pastosos servidos frios, que são capazes de proporcionar alívios de sintomas. O calor pode aumentar o processo inflamatório.
Em caso de dores fortes, febre alta e persistente e dores irradiadas pela cabeça, procure com urgência seu dentista.
Para quem já passou dos 17 anos e ainda não tem nenhum dente siso ou sinal dele, o Ministério da Saúde recomenda fazer uma avaliação minuciosa com cirurgião-dentista.